Em um vôo de quase 12 horas, sentou ao meu lado um carioca, ele estava voltando pra casa depois de quase 1 ano fora, era um oficial do Exército Brasileiro em missão no exterior.
Sentou do meu lado, deu bobeira, eu tô lá fazendo um atendimento disfarçado, conduzindo a pessoa a encontrar suas melhores respostas ao invés de apenas esperar que eu lhe dê conselhos mágicos.
Agora que contei esta minha conduta escusa, fique esperto, porque se você se sentar ao meu lado pode sobrar pra você.
Eu puxei conversa avisando que ia tirar meu tênis, pois o vôo era longo e meus pés estavam inchados, mas pra ele não se preocupar, porque até onde eu sabia, não tinha chulé. E a conversa continuou “nesse pé”, ele me contou que caminhava de 10 a 15 km todos os dias na missão em que fora designado, o que muitas vezes lhe rendia bolhas nos pés.
E por incrível que pareça, lá estava eu explicando para um oficial do exército em missão internacional que se ele passasse vaselina sólida nos pés e usasse meias coolmax, isso evitaria bolhas (aprendizados do Caminho de Santiago de Compostela).
Pronto, o rapport foi gerado… Ele não tinha mais como escapar… E não tinha mesmo, pois estávamos em um avião e o assento dele era ao lado do meu.
De repente, ele começa a me contar sobre a saudade que estava da esposa e da filha, e, dos desafios do relacionamento à distância.
Expliquei pra ele os 3 pilares de um relacionamento de acordo com as Constelações Familiares, e sem ele perceber, no decorrer da conversa, apliquei a ferramenta “Imunidade à Mudança”.
E lá estava ele, revendo padrões que costumava repetir no relacionamento e planejando ações para otimizar os dias que estaria em casa; e, ainda me agradeceu pela conversa e me elogiou por tê-lo levado a ressignificar tantos pensamentos e emoções.
Ser coach, consteladora e terapeuta é algo que já está internalizado em mim, afinal, já são quase 10 anos nesse caminho, e a minha vontade de servir é maior que a preocupação com o que as pessoas vão pensar por querer apoiá-las sem nenhum interesse.
Eu simplesmente me coloco como um instrumento a serviço do amor e da cura interior, porém, nunca sem antes, mentalmente, dizer:
Namastê, eu honro você! E a minha alma pede licença pra se conectar com a sua!