Fiz minha segunda formação de Coaching no Chile, em uma reserva florestal, e a proposta da escola era reunir a parte técnica com saber ancestral.
Tudo por ali tinha magia… Mas também tinha perrengue, afinal, estamos falando da vida real.
Além do cronograma teórico da formação, tínhamos meditação, práticas xamânicas, atividades em grupo na natureza, para exercitar o módulo de “Coaching de Equipe”, além de aulas extracurriculares, como grafologia.
E uma das atividades propostas era passar a noite ao pé da montanha, só com o saco de dormir e uma garrafinha de água. Quem topasse, era acomodado por um dos instrutores, que definam uma distância considerável entre os participantes, para que cada um pudesse enfrentar sozinho seus medos e seus fantasmas durante a noite.
O início da experiência foi bom. O barulho de água do rio correndo perto, o cheiro da mata, um dos céus estrelados mais lindos que eu já vi… A proposta era que fosse uma experiência única, e foi.
Tão única que meia hora depois dessa magia, senti algo caindo no canto da minha boca e a minha pele começando a arder, mas arder muito, muito mesmo.
E é logico que meu primeiro pensamento foi chamar um dos instrutores e pedir pra voltar pro acampamento. Mas eu tinha pagado tão caro pra estar lá, que eu não podia desistir no meu primeiro desafio.
Então fui dura comigo e me perguntei: Milena, você é um homem ou um rato? Você tem um monte de cursos e formações terapêuticas e vai ficar aí só reclamando.
Respirei fundo, me acalmei e comecei a pensar no que eu podia fazer.
Então comecei a aplicar Reiki no local que ardia, me conectei com a energia da natureza, com os elementais de cura, e aos poucos fui me acalmando, até que o sono veio e consegui dormir.
Quando o dia clareou, descobri que uma lesma tinha caído da árvore que eu estava em baixo, e, que foi o motivo do meu desmantelo na noite anterior.
Enfim, gerou uma queimadura leve, que tratei com óleo essencial de lavanda, e hoje, a única marca que ficou foi essa história, que eu conto rindo muito…